Maneiras que prontes

Só eu sei o que dava para poder ter um dia de conversa de café. Contentava-me com isso. Embora já lá vá o tempo em que me contentava com pouco. Quando as bolachas com creme no meio vinham com creme a mais, ou quando o brinde do ovo de chocolate era mesmo o que eu queria. Ou quando encontrava 100$00 na algibeira, dava logo para doces. E pronto, com o passar do tempo, quando a professora faltava. Isso era logo motivo de alegria. Enfim, essas coisas assim. A chegada das férias de Natal. Essas, confesso, já não me fazem feliz porque já não as tenho. Ok, tenho, mas só se as marcar. Tenho de gastar das minhas férias o que, convenhamos, não é bem bem a mesma coisa do que a professora dizer "meninos, boas férias, até p'ró ano.". A minha escola às vezes ficava "inundada", quando chovia muito. Estava tudo entupido, e não tinha capacidade para escoar muita água. Escusado será dizer que à hora de almoço ia tudo para casa. Oh que alegria. Até debaixo de chuva íamos. Que diferença fazia? Chegávamos a casa, alta duchada quente, almoço, e desenhos animados a tarde toda. Mas hoje era conversa de café. Ou de sala. Com café e um cigarro. E a t.v. ligada. A dar um filme. Acho que queria era ter ficado em casa!