As segundas são terríveis! Obrigam-me a desperdiçar parte do Domingo, porque tenho de fazer o luto, dedicado ao final do fim-de-semana. Ora nisto perde-se metade desse tal Domingo, no mínimo. Se partirmos do princípio que se sai na Sexta, o Sábado é atribuído ao resultado dessa mesma saída, a.k.a. "ressaca", e possivelmente durante a noite já se consiga fazer alguma coisa. Mas sem álcool. Domingo acorda-se fresquinho - oh que maravilha! Um individuo deixa-se estar na cama, almoça pela 1 da tarde, tudo ok. Café - os amigos estão de ressaca, filhos de uma cabra. Mas no fundo penso "bem feito, ainda bem que não bebi.". Eu sou assim, vingativo, na realidade não presto. Voltinhas para trás e para a frente, um passeiozito, futeboladas na TV, 6 da tarde = depressão. Nesta altura a crise não me diz nada. Nem a morte da senhora polaca que salvou tanta gente durante a guerra. Nem da Whitney Houston. Nem o Porto ganhar. A mim pouco me importa. Grave mesmo é o Domingo estar a acabar e as Segundas são aquelas assassinas da boa disposição, sem dó nem piedade. Apanham-na por trás, sussurram-lhe ao ouvido e degolam-na com um canivete ferrugento e pouco afiado. Com dor, mesmo. E todos sabemos que os fins-de-semana não merecem um fim destes. Tratam-nos bem, como uma Madre Teresa de Calcutá para os pobres. Ou um Ghandi - mas para toda a gente. Dois casos indianos, curiosamente. Como serão os Domingos por lá? Enfim. Venha daí o fim-de-semana.
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