9.2.12

Portugal é um país de gente boa.

Há, na Moita, uma família de feirantes que foi apanhada a trazer droga de Espanha.

Ora então, o procedimento normal da coisa é ser esta família julgada. E assim foi. Esta a decorrer o julgamento, e o resultado (sem querer agoirar), vai ser a declaração da culpa dos arguidos. Digo eu, não sei.

Mas, como gente boa que somos, continuamos a dar-lhes o rendimento mínimo, apesar da moradia e três carros de luxo dos arguidos. Certamente comprados com o fruto do seu suor.

Somos uns piegas. Temos de ser mais exigentes. (parafraseando o grande pensador, filósofo e político português, Pedro Passos Coelho). Não podemos ver uma família destroçada, que é um tal desfazermo-nos em ajudas para os ajudar. É o bom coração português. Não há nada a fazer.

Não podemos ajudar todos, mas ajudamos os que podemos. Mesmo sendo os errados. No fundo, bom bom é aquele sentimento de dever cumprido "aaaaah que sou mesmo bonzinho caraças. Ajudei uma família que passava necessidades.", isto dito enquanto se palita os dentes depois de beber uma "mine" na esplanada. E eu nem percebo porque é que se palitam os dentes depois de se beber uma cerveja. Costumes.

Eu das "mines" gosto.

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